terça-feira, 26 de fevereiro de 2008



Segunda-feira, 29 de Outubro de 2007

AGRESSÃO AO MEIO AMBIENTE NO LITORAL DO ARACATI - CE
DESTAQUE: Trabalho Fotográfico
TEMA: AGRESSÃO AO MEIO AMBIENTE NO LITORAL DO ARACATI - CE
LOCAL: Aracati - CE

A costa do sol nascente no litoral leste do estado do Ceará compreende alguns municípios e também algumas comunidades costeiras, alem da desembocadura (foz) do Rio Jaguaribe importante recurso hídrico do estado.A cidade de Aracati, sua pequena comunidade de Canoa Quebrada e ainda o Rio Jaguaribe formam elementos paisagísticos de primeira grandeza.A praia de Canoa Quebrada, principal roteiro turístico do litoral leste é mundialmente conhecida por suas paisagens paradisíacas, dunas, falésias, vegetação e mar de águas verdes cálidas está distante 156 km de Fortaleza e encanta a todos que a visitam.Ponto de referencia turístico do estado, destaca-se ainda na região a deslumbrante paisagem do Rio Jaguaribe com suas matas ciliares, manguezais e mata de carnaúba.Contudo nas últimas três décadas a referida região e seu meio ambiente vêm sendo agredidos, atividade turística sem planejamento, construções irregulares, desmatamento, queimadas, destruição dos mangues, poluição do rio e seus afluentes, aplainamento e super ocupação de dunas, e construções irregulares, ações predatórias que ameaçam toda a paisagem local.A atividade turística no município de Aracati e mais especificamente nas áreas litorâneas, transformou a natureza do lugar e também a vida da população local que passou a conviver com uma realidade muitas vezes conflituosa.A falta de respeito em relação às questões culturais e ambientais leva à perda e a deteriorização dos recursos naturais, prejuízo da qualidade de vida da população local, alteração dos costumes da população receptora. Com a degradação do meio ambiente ao longo dos anos, despertou o meu interesse de fazer este trabalho no município de Aracati, que em algumas visitas vejo os descasos feitos à fauna e flora daquela região.







Cagece apresentou obras do Programa Sanear II em Aracati
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Levar mais qualidade de vida e contribuir para preservar o meio ambiente. Esses foram os dois principais benefícios do Programa Sanear II que a Cagece apresentou aos 220 participantes do Seminário sobre Saneamento Básico realizado, ontem, dia 21, em Aracati de 7h30min às 13 horas, no Centro Vocacional e Tecnológico.
Levar mais qualidade de vida e contribuir para preservar o meio ambiente. Esses foram os dois principais benefícios do Programa Sanear II que a Cagece apresentou aos 220 participantes do Seminário sobre Saneamento Básico realizado, ontem, dia 21, em Aracati de 7h30min às 13 horas, no Centro Vocacional e Tecnológico. Houve debate sobre o tema. No município, a Cagece vai ampliar o Sistema de Abastecimento de Água (SAA) investindo R$ 17.180.529,43 em 1868 ligações e 44.669,21 metros de rede. Também irá executar um Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) com recursos de R$ 14.809.363,37 os quais serão revertidos em 5.940 ligações domiciliares e 41.189 metros de rede.
O Prefeito da cidade Expedito Ferreira da Costa abriu o evento, dizendo que o principal benefício conquistado pelo município com as obras será o atendimento a 100% da população com abastecimento de água. Ele afirmou que a Prefeitura estará à disposição da Cagece para qualquer ajuda durante as obras e agradeceu à Cagece não somente pelo Sanear II, mas por ter solucionado a falta d’água que costumava ocorrer durante o período momino.
O Gerente da Unidade de Negócio Bacia do Baixo e Médio Jaguaribe (UNBBJ/ Russas) João Batista Araújo fez a apresentação institucional da Cagece e disse que as obras do Programa Sanear II vão “trazer tranqüilidade para a cidade de Aracati”. Segundo ele, “a cidade terá abastecimento garantido para os próximos 30 anos”. O Gerente também elogiou do sistema de esgoto, porque irá acabar com o esgoto correndo a céu aberto pelas ruas e diminuir as despesas com saúde pública, coletando e tratando o esgoto do município. Ele esclareceu também a diferença entre esgotamento sanitário e drenagem urbana.Em suas considerações finais, o Gerente de Concessões e Interação Social Miguel Vasconcelos explicou que a Cagece está realizando um novo estudo tarifário tendo como foco atender à população de baixa renda ampliando a tarifa social. Ele lembrou que a água é um bem finito pelo qual todos devem zelar. Ele apelou para que os moradores recebam bem as equipes sociais da Cagece e afirmou que a Companhia estará sempre aberta aos clientes.Na programação do Seminário, na primeira parte, houve apresentação do Programa Sanear II pela Supervisora Técnica da UGP Sanear II Jackeline Sales. Em seguida, houve apresentação do SAA e SES já existentes no município pelo Encarregado de Núcleo William Silva Barbosa. Também foi apresentado o Projeto Técnico dos SAA e SES a serem executados pelo Sanear II pelo Gerente de Obras do Interior Ernandes Freire. A Supervisora Sócio-Ambiental Rosana Fernandes fez uma explanação sobre os Programas Sócio-ambientais do Programa.
Na segunda parte da Programação, a Supervisora de Controle Ambiental Cláudia Caixeta falou aos presentes sobre preservação ambiental e do patrimônio histórico, artístico e cultural. O plano de Comunicação e Interação Social foi apresentado por Márcia Bedê da Gerência de Concessão e Interação.




A atuação da Câmara Municipal de Aracati no século XVIII



Por Maria Edivani Silva Barbosa
11 de fevereiro de 2008

Prédio sede da Câmara Municipal de Aracati.No período colonial, a Câmara Municipal, representava o poder local das vilas. Os vereadores eram escolhidos por período trienal. Depois de eleitos, os "homens bons", nomeavam os juizes que auxiliavam na administração da vila. Das várias atribuições, estava aquela relacionada à legislação do meio ambiente.Na Vila de Santa Cruz do Aracati (atual cidade de Aracati), a Câmara Municipal sempre esteve atenta aos problemas locais. Documentos históricos dão conta da atuação desses "homens bons" que procuravam regulamentar o uso e ocupação do solo urbano no referido período. Assim, procuravam inibir as práticas econômicas que colocavam em risco a natureza e a própria saúde da população.

Um dos problemas ambientais ocorrido no século XVIII se refere ao assoreamento do rio Jaguaribe. Além das ações naturais como os ventos, as correntes oceânicas, que impeliam os bancos de areia para a sua foz, obstruindo os canais de entrada dos navios e barcos, outras atividades, como por exemplo, os currais de pescaria contribuíam para estreitar o leito do rio.Em uma Ata da Câmara, datada em lº de setembro de 1785, o vereador Antônio Pereira de Carvalho, se opôs a que o senado da Câmara concedesse licença para levantar currais de peixe no rio Jaguaribe, sob a alegação de que tais currais estavam obstruindo o leito do rio.A Câmara também se fez presente quando da implantação das charqueadas. Conforme consta no Auto da Audiência Geral de 12 de fevereiro de 1781, a Câmara Municipal exigiu a retirada das oficinas de carne (charqueadas) da rua central, como forma de aliviar a população dos incômodos provocados pelas oficinas. Alegavam ainda que as oficinas estavam "desfigurando a beleza e arruinando a saúde pública desta Vila". O local indicado pela Câmara para instalar as oficinas deveria ficar no terreno que ia da "Oficina do Salvador", próximo à Ilha dos Veados, por ficar mais próximo do ancoradouro dos barcos e mais distante das ruas principais da Vila.Diante do que foi exposto, podemos entender agora porque os primeiros filhos da "terra aracatiense" eram considerados, na época, segundo o historiador João Brígido, "a gente mais civilizada do Ceará. Um homem do Aracati, por isto só que era do Aracati, podia meter a cara em qualquer negócio, e colocava-se no primeiro plano em toda parte onde chegava".A preocupação com o meio ambiente, numa época de tão poucos recursos, mostra como os primeiros aracatienses, do ponto de vista da consciência ambiental, estavam muito à frente de sua época. O que diriam os "homens bons" diante da devastação das nossas matas ciliares (os carnaubais em especial) e poluição das águas do rio em nome do crescimento econômico proveniente da carcinicultura (criação de camarão em cativeiro)? O que fariam os "homens bons" diante da inércia desta sociedade dita "civilizada"?Maria Edivani Silva BarbosaMestra em Geografia pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Professora substituta do curso de geografia da Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos (FAFIDAM/UECE) em Limoeiro do Norte-CE.

Fonte: Informativo do Centro Aracatiense. Ano VII- Nº XXVII - Outubro - Novembro - Dezembro de 2006.