sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Manifesto dos pescadores e movimentos sociais


Pescadores artesanais e organizações sociais foram surpreendidos na reunião do CONAPE - Conselho Nacional de Pesca - com a informação de que uma área de 160 hectares localizada a cerca de 25 km da praia de Boa Viagem em Recife-PE foi privatizada pela SEAP.
Trata-se de uma área utilizada efetivamente pelos pescadores artesanais que ali desenvolvem diversas modalidades de pesca.
Esta área é de interesse daEmpresa AQUALIDER que prevê a implantação de 48 tanques para criação de peixe beijupirá com capacidade inicial de produzir 8 mil toneladas voltadas para omercado internacional.
Denunciamos esta armação rganizada pela SEAP em conjunto com os empresários interessados em suprimir áreas utilizadas pela população, privatização das águas e impedir a participação dos trabalhadores, umavez que: Os editais para privatização foram realizados durante o período de carnaval, na calada da noite, como estratégia para dificultar o acompanhamento por parte da sociedade; Não foram realizadas audiências públicas e nenhumtipo de consulta aos trabalhadores que efetivamente utilizam a área que foi privatizada; Este tema de alta relevância nunca foi colocado em pauta no CONAPE para apreciação e debate dos conselheiros conotando o interesse de omitir as informações dos interessados.
A SEAP Abre-se, assim, um precedente perigoso para privatizar as áreas marinhas no litoral que historicamente são usadas pelas populações tradicionais pesqueiras. Revela desrespeito com as comunidades, impedindo a participação social.
Por fim, revela o posicionamento da SEAP em defesa dosinteresses do capital privado suprimindo direitos de uso de território das comunidades tradicionais.
Assim, exigimos a anulação deste processo e início de um diálogo com a sociedade organizada. Pedimos que os grupos organizados da sociedade semanifestem contra esta grave violação aos direitos dos pescadores e divulguem este acontecimento junto às bases.

MONAPE – Movimento Nacional dos Pescadores CNPA – Confederação Nacional dos Pescadores eAquicultoresANP – Articulação Nacional das Mulheres PescadorasMPPA – Movimento dos Pescadores ProfissionaisArtesanais do RSCPP – Conselho Pastoral dos PescadoresMAB – Movimento dos Atingidos por BarragensMST – Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra
http://www.terramar.org.br/oktiva.net/1320/nota/82973

CANOA QUEBRADA: Agressão ao meio ambiente, construções irregulares sobre as falésias e dunas moveis









CANOA QUEBRADA: Agressão ao meio ambiente, construções irregulares sobre as falésias e dunas moveis
Aracati - CE
Dionete 2007
Postado por Dionete Aguiar


AGRESSÃO AO MEIO AMBIENTE NO LITORAL DO ARACATI - CE


DESTAQUE: Trabalho Fotográfico
TEMA: AGRESSÃO AO MEIO AMBIENTE NO LITORAL DO ARACATI - CE
LOCAL: Aracati - CE
A costa do sol nascente no litoral leste do estado do Ceará compreende alguns municípios e também algumas comunidades costeiras, alem da desembocadura (foz) do Rio Jaguaribe importante recurso hídrico do estado.A cidade de Aracati, sua pequena comunidade de Canoa Quebrada e ainda o Rio Jaguaribe formam elementos paisagísticos de primeira grandeza.A praia de Canoa Quebrada, principal roteiro turístico do litoral leste é mundialmente conhecida por suas paisagens paradisíacas, dunas, falésias, vegetação e mar de águas verdes cálidas está distante 156 km de Fortaleza e encanta a todos que a visitam.Ponto de referencia turístico do estado, destaca-se ainda na região a deslumbrante paisagem do Rio Jaguaribe com suas matas ciliares, manguezais e mata de carnaúba.Contudo nas últimas três décadas a referida região e seu meio ambiente vêm sendo agredidos, atividade turística sem planejamento, construções irregulares, desmatamento, queimadas, destruição dos mangues, poluição do rio e seus afluentes, aplainamento e super ocupação de dunas, e construções irregulares, ações predatórias que ameaçam toda a paisagem local.A atividade turística no município de Aracati e mais especificamente nas áreas litorâneas, transformou a natureza do lugar e também a vida da população local que passou a conviver com uma realidade muitas vezes conflituosa.A falta de respeito em relação às questões culturais e ambientais leva à perda e a deteriorização dos recursos naturais, prejuízo da qualidade de vida da população local, alteração dos costumes da população receptora. Com a degradação do meio ambiente ao longo dos anos, despertou o meu interesse de fazer este trabalho no município de Aracati, que em algumas visitas vejo os descasos feitos à fauna e flora daquela região.







Fotografias de Dionete Aguiar 2007

LEI N.º 147/2006. DISPÕE SOBRE A CRIAÇÃO DO CONSELHO MUNICIPAL DE DEFESA DO MEIO AMBIENTE  CONDEMA


LEI N.º 147/2006. DISPÕE SOBRE A CRIAÇÃO DO CONSELHO MUNICIPAL DE DEFESA DO MEIO AMBIENTE  CONDEMA



LEI N.º 147/2006. DISPÕE SOBRE A CRIAÇÃO DO CONSELHO MUNICIPAL DE DEFESA DO MEIO AMBIENTE – CONDEMA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIASO PREFEITO MUNICIPAL DE ARACATI, no uso de suas atribuições legais, faço saber que a Câmara Municipal de Aracati aprovou e eu sanciono e promulgo a seguinte lei:Art.1º. Fica criado o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente, integrante do Sistema Nacional e Estadual de Meio Ambiente, com o objetivo de manter o meio ambiente ecologicamente equilibrado, de uso comum do povo e essencial à qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo, preserva-lo e recupera-lo para as presentes e futuras gerações.§ 1º. O Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente é órgão consultivo, deliberativo e de assessoramento do Poder Executivo, no âmbito de sua competência, sobre questões ambientais propostas nesta e demais leis correlatas do município.§ 2º. O Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente terá como objetivo assessorar a gestão da Política Municipal de Meio Ambiente, com o apoio dos serviços administrativos da Prefeitura Municipal.Art. 2º. O Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente deverá observar as seguintes diretrizes:I- Interdisciplinariedade no trato das questões ambientais;II- Participação comunitária;III- Promoção da saúde pública e ambiental;IV- Compatibilização com as políticas do meio ambiente nacional e estadual;V- Compatibilização entre as políticas setoriais e demais ações do governo;VI- Exigência de continuidade, no tempo e no espaço, das ações de gestão ambiental;VII- Informação e divulgação obrigatória e permanente de dados, condições e ações ambientais;VIII- Prevalência do interesse público sobre o privado;IX- Propostas de reparação do dano ambiental;X- Prevalência do interesse público sobre o privado;XI- Propostas de reparação do dano ambiental independentemente de outras sanções civis ou penais.Art.3º. Ao Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente compete:I- Propor diretrizes para a Política Municipal do Meio Ambiente;II- Colaborar nos estudos e elaboração dos planejamentos, planos, programas e ações de desenvolvimento municipal e em projetos de lei sobre parcelamento, uso e ocupação do solo, plano diretor e ampliação de área urbana;III- Estimular e acompanhar o inventário dos bens que deverão constituir o patrimônio ambiental (natural, étnico e cultural) do município;IV- Propor o mapeamento das áreas críticas e a identificação de onde se encontram obras ou atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras;V- Avaliar, definir, propor e estabelecer normas (técnicas e legais), critérios e padrões relativos ao controle e a manutenção da qualidade do meio ambiente, com vistas ao uso racional dos recursos ambientais, de acordo com a legislação pertinente, supletivamente ao Estado e à União;VI- Promover e colaborar na execução de programas intersetoriais de proteção ambiental do município;VII- Fornecer informações e subsídios técnicos relativos ao conhecimento e defesa do meio ambiente, sempre que for necessário;VIII- Propor e acompanhar os programas de educação ambiental;IX- Promover e colaborar em campanhas educacionais e na execução de um programa de formação e mobilização ambiental;X- Manter intercâmbio com as entidades púbicas e privadas de pesquisa e atuação na proteção do meio ambiente;XI- Identificar e comunicar aos órgãos competentes as agressões ambientais ocorridas nos municípios, sugerindo soluções reparadoras;XII- Assessorar os consórcios intermunicipais de proteção ambiental;XIII- Convocar as audiências públicas nos termos da legislação;XIV- Propor a recuperação dos recursos hídricos e das matas ciliares;XV- Proteger o patrimônio histórico, estético, arqueológico, paleontológico e paisagístico;XVI- Exigir, para a exploração dos recursos ambientais, prévia autorização mediante análise de estudos ambientais;XVII- XVII- Deliberar sobre qualquer matéria concernente às questões ambientais dentro do território municipal e acionar, quando necessário, os organismos federais e estaduais para a implantação das medidas pertinentes à proteção ambiental local;XVIII- Analisar e relatar sobre os possíveis casos de degradação e poluição ambientais que ocorram dentro do território municipal, diligenciando no sentido de sua apuração e, sugerir ao Prefeito as providências que julgar necessárias;XIX- Incentivar a parceria do Poder Público com os segmentos privados para gerar eficácia no cumprimento da legislação ambiental;XX- Deliberar sobre a coleta, seleção, armazenamento, tratamento e eliminação do resíduos domiciliares, industriais, hospitalares e de embalagens de fertilizantes e agrotóxicos no município, bem como a destinação final de seus efluentes em mananciais;XXI- Deliberar sobre a instalação ou ampliação de indústrias nas zonas de uso industrial saturadas ou em vias de saturação;XXII- Sugerir vetos a projetos inconvenientes ou nocivos à qualidade de vida municipal;XXIII- Cumprir e fazer cumprir as leis, normas e diretrizes municipais, estaduais e federais de proteção ambiental;XXIV- Zelar pela divulgação das leis, normas, diretrizes, dados e informações ambientais inerentes ao patrimônio natural, cultural e artificial municipal;XXV- Deliberar sobre o licenciamento ambiental na fase prévia, instalação, operação e ampliação de qualquer tipo de empreendimento que possa comprometer a qualidade do meio ambiente;XXVI- Recomendar restrições a atividades agrícolas ou industriais, rurais ou urbanas, capazes de prejudicar o meio ambiente;XXVII- Decidir, em instância de recurso, sobre as multas e outras penalidades impostas pelo órgão municipal competente;XXVIII- Analisar anualmente o relatório de qualidade do meio ambiente municipal.XXIX- Criar mecanismos que incentivem a organização da sociedade civil em cooperativas, associações e outras formas legais para democratizar a participação popular no Conselho de Defesa do Meio Ambiente;XXX- Gerir e participar das decisões sobre a aplicação dos recursos destinados ao Meio Ambiente, propondo critérios para a sua programação e avaliando os programas, projetos, convênios, contratos e quaisquer outros atos que serão subsidiados pelo mesmo;XXXI- Fazer gestão junto aos organismos estaduais e federais quando os problemas ambientais dentro do território municipal ultrapassem sua área de competência ou exija medidas mais tecnológicas para se tornarem mais efetivas;XXXII- Convocar ordinariamente a cada dois (02) anos, ou extraordinariamente, por maioria absoluta de seus membros a Conferência Municipal Ambiental, que terá a atribuição de avaliar a situação da preservação, conservação e efetivação de medidas voltadas ao meio ambiente e, como conseqüência propor diretrizes a serem tomadas;XXXIII- Acompanhar e avaliar a gestão dos recursos, bem como os ganhos sociais e de desempenho dos programas a serem tomadas.XXXIV- Elaborar e aprovar seu Regimento Interno.Art.4º. O Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente será constituído por conselheiros que formarão o colegiado, obedecendo-se à distribuição paritária entre Poder Público e Sociedade Civil Organizada.§ 1º. O número de conselheiros será proporcional ao número de habitantes do município, conforme o Manual de Orientação pra Formação dos CONDEMAS da Secretaria da Ouvidora-geral e do Meio Ambiente - SOMA, obedecendo-se ao mínimo de 10 e o máximo de 20 membros.§ 2º. Será membro nato do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente pelo menos um representante do Poder Executivo Local, da Câmara Municipal e da Procuradoria Municipal.§ 3º. Os representantes da sociedade civil organizada obedecerão à rotatividade de 02 (dois) anos, permitindo- se a recondução.§ 4º. Serão membros natos do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente, os representantes de entidades públicas federais, estaduais e municipais ligadas à questão ambiental que tenham sede no município.§ 5º. O conselheiro Titular do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente deverá indicar seu Suplente, oriundo da mesma categoria representativa, para, quando for o caso, substituí-lo na plenária.§ 6º. A estrutura do Conselho será composta por um presidente, um colegiado e uma secretaria executiva, escolhidos dentre seus membros, conforme estabelecido em Regimento Interno.§ 7º. O Conselho Municipal poderá instituir, sempre que necessário, câmaras técnicas em diversas áreas de interesse, e ainda recorrer a técnicos e entidades de notória especialização em assuntos de interesse ambiental.§ 8º. Os membros do Conselho terão mandato de dois anos, podendo ser reeleitos uma única vez.§ 9º. O exercício das funções de membros do Conselho será gratuito por se tratar de serviço de relevante interesse público.Art. 5º. A Plenária reunir-se-á em caráter ordinário e extraordinário, como dispuser o Regimento Interno do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente.§ 1º. A Plenária poderá ser convocada extraordinariamente pelo seu Presidente ou por solicitação de três (03) Conselheiros respeitando o Regimento Interno. § 2º. Na ausência do Presidente da Plenária, este será substituído por conselheiro eleito, presidindo esta sessão o conselheiro mais idoso entre os presentes. § 3º. A Plenária se reunirá com o quorum mínimo de metade mais um de seus membros, deliberando por maioria simples em primeira convocação e, em segunda com o número de conselheiros presentes, sendo fundamentado cada voto.§ 4º. As decisões da Plenária serão formalizadas em Resoluções e outras deliberações, sendo imediatamente publicada na imprensa oficial do Município ou em jornal local de grande circulação ou afixada em local de grande acesso público, após cada sessão.§ 5º. Cada membro do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente terá o direito a um único voto na sessão plenária.Art. 6º. O Conselho pode manter com órgãos da administração municipal, estadual e federal estreito intercâmbio com o objetivo de receber e fornecer subsídios técnicos relativos à defesa do meio ambiente.Art. 7º. O Conselho, sempre que cientificado de possíveis agressões ambientais, diligenciará no sentido de sua comprovação e das providências necessárias.Art. 8º. As sessões do Conselho serão públicas e os atos e documentos deverão ser amplamente divulgados.Art. 9º. Dentro do prazo máximo de sessenta dias após sua instalação, o Conselho elaborará seu Regimento Interno, que deverá ser aprovado por Decreto.Parágrafo Único. A instalação do Conselho e a nomeação dos conselheiros ocorrerão no prazo máximo de noventa dias, contados a partir da data de publicação dessa lei.Art. 10º. Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.PAÇO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE ARACATI, ao primeiro dia do mês de dezembro do ano de dois mil e seis.Expedito Ferreira da CostaPrefeito Municipal de Aracati