segunda-feira, 21 de abril de 2008

Rio Jaguaribe
Sávio Leão
Composição: Sávio Leão

Não sei se foi amor ou muito mais

nem como me apaixonei por ti

talvez seu céu azul e os matagai

sou os cantos dos formosos juritis

quem sabe foram banhos matinais

e as noites em serestas ao luar

primeiro amor, primeira dor, primeiro amar

rio, razão de fazer sonhar

até me fiz poeta prá tentar

falar do que representou prá mim

manhãs, tardes, noites, madrugais

abrigo amigo inicio. Meio e fim

teu leito traz, a agua que sacia a sede

o peixe que enche a rede

fazendo a alegria dos rurais

e as roupas estendidas nos varais

o sorriso das crianças e velhinhos

mas longe vai e hoje estou distante de você

só penso em voltar para rever

o doce rio que me viu nascer

a beira de um caminho sobre o arcaz

olhando o vai e vem da estação

eu canto galos, noites e quintais

nas cordas do amásio violão

não bastam companhias dos pardais

e toda diversão que tenho aquí

ao ver-me amigo meu, eu sei, dirás

quiça, aos poucos vou morrer por ti

talvez nem haja tempo prá falar

por isso vou dizer nesta canção

em quanto houver amor vou te amar

e quando tiver dor, farei canção.

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