PALESTRA, DE EDUCAÇAO AMBIENTAL NA ESCOLA DA COMUNIDADE DE OUTEIRO, MOSTRANDO A IMPORTANCIA DA PARTICIPAÇÃO JUVENIL NA PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE.
domingo, 9 de dezembro de 2007
PROJETO: CONHECENDO O MANGUEZAL
GRUPO FILHOS DO MANGUE DE ARACATI
AÇÃO RIO LMPO
FILHOS DO MANGUE DE ARACATI
curiosidade
Plantas que suportam secas.
08/12/2007 16:17
Cientistas americanos e japoneses obtiveram plantas geneticamente modificadas capazes de resistir às piores secas com necessidades ínfimas de água, revelou um estudo divulgado nos Estados Unidos. A descoberta poderá ter desdobramentos importantes para a produção de alimentos em condições extremas, estimam os autores do estudo. "Partimos da suposição de que era possível incrementar a tolerância das plantas à pressão da seca atrasando a senescência das folhas, isto é, seu envelhecimento", informaram Rosa Rivero, da Universidade da Califórnia em Davis, e Mikoko Kojima do instituto de investigação japonês Riken de Yokohama, na revista Anais da Academia de Ciências dos Estados Unidos (PNAS). Entre os vegetais, a senectude não é uma simples degradação das condições de vida da célula, mas um processo controlado geneticamente. Com efeito, alguns genes se expressam unicamente no momento da decrepitude, fase de amadurecimento da planta até a morte. "Nossa hipótese é a de que a senectude se deva à ativação de um 'programa da morte' de algumas células. Este programa poderia ser ativado de maneira inapropriada em algumas plantas quando ocorre uma seca. Suprimir este programa poderia permitir, assim, a esses vegetais preparar-se melhor ante a seca", explicaram. Com base em seus estudos sobre plantas do tabaco geneticamente modificadas, os pesquisadores acrescentaram o gene IPT (isopentenyl transferase), produtora de uma enzima que fabrica um hormônio denominado citoquinina. O citoquina estimula as folhas a se manterem verdes inclusive em períodos de seca. Os cientistas afirmam que sua descoberta busca reduzir as perdas agrícolas atribuídas à seca e poderia permitir a produção de alimentos nas regiões onde falta água.
http://www.opovo.com.br/opovo/cienciaesaude/750539.html
FONTE: AFP.
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
Poluiçao do jaguar
Diante dessa situação, conclui-se que todo espaço transformado por um processo de ocupação está sujeito a constantes mudanças em meio às necessidades que nele surgem; aos poucos estas necessidades começam a desencadear anseios de desenvolvimento, gerando lucros e promovendo a expansão urbana. Daí surgem também os processos de degradação, iniciados, em pequena escala, desde as primeira modificações ocorridas nesse espaço, atingindo níveis cada vez maiores dependendo dos avanços e das formas dessa expansão, principalmente quando se trata de um ambiente frágil,quer seja pelo uso indiscriminado das margens,pela poluição, ou despejo de resíduos dessas cidades.
Assim, com o leito já com altos índices de assoreamento, bem como uma grande quantidade de barramentos, a navegação que já foi elemento importante na construção desse espaço hoje produzido, não possui mais atuação significativa. Alguns barcos e balsas de pequeno porte ainda são encontradas na altura do município de Fortim – onde o rio atinge profundidades maiores-, sendo estes destinados, em sua grande maioria, à pesca e ao turismo.
O que torna cada vez mais presente nos dias atuais são os problemas referentes aos processos hidrossedimentológicos que atuam no leito dos rios e que podem ser perfeitamente identificados em todo o percurso do Rio Jaguaribe sob a forma de assoreamento no leito e o montante dos barramentos.
Os maiores vilões das águas do rio Jaguaribe são os agrotóxicos utilizados nas lavouras, seguidos do lixo que é jogado nas margens,além das atividades pecuárias como a suinocultura, currais, fornos de queima de cal, de produção de carvão, construídos em suas margens e algumas vezes em seu leito.
O crescimento econômico é um fator determinante no aumento do consumo de água. São muitos os fatores que levam a poluição dos mananciais e que por isso, devem ser reduzidos ou eliminados: o crescimento urbano descontrolado, a instalação de fabricas e indústrias junto aos rios, a devastação das florestas em geral, e de modo particular a destruição das matas ciliares formadas pela vegetação que margeia os rios e lagoas que funcionam como filtro protetor dos cursos d’água, o uso incorreto e abusivo dos agrotóxicos, as atividades extrativistas e também a erosão dos solos.
Histórico Rio das onças
Em épocas passadas, toda a água desse caudaloso rio que recebe como afluentes outros rios da importância de um Banabuiú, Salgado,e Figueiredo, corria totalmente para o Oceano Atlântico. Passada a força da quadra chuvosa que ocorre nos meses de março-abril, sem muito tardar o seu leito voltava à sequidão de sempre, sem água e com as areias totalmente à mostra. Por esse motivo era cognominado de “o maior Rio seco do mundo”, hoje perenizado pela barragem do Castanhão.
O Rio Jaguaribe, cujo nome tem origem indígena e significa 'Rio das Onças', é um dos mais importantes do Ceará. Tem suas nascentes na Serra da Joaninha, no município de Tauá. Sua bacia que é a mais extensa do Ceará ocupa uma área de aproximadamente 80.000 quilômetros quadrados. Essa área equivale a mais de 40% do território cearense. Em anos de chuvas abundantes, esse rio torna-se arrasador, desabrigando famílias ribeirinhas, devastando plantações e animais.
Em épocas passadas, toda a água desse caudaloso rio que recebe como afluentes outros rios da importância de um Banabuiú, Salgado,e Figueiredo, corria totalmente para o Oceano Atlântico. Passada a força da quadra chuvosa que ocorre nos meses de março-abril, sem muito tardar o seu leito voltava à sequidão de sempre, sem água e com as areias totalmente à mostra. Por esse motivo era cognominado de “o maior Rio seco do mundo”, hoje perenizado pela barragem do Castanhão.
http://www.riojaguaribe.com.br/
João Alfredo Telles Meloadvogado
09/11/2007 16:36
"Do ponto de vista de uma formação socioeconômica mais avançada, a propriedade privada dos indivíduos na Terra parecerá tão absurda como a propriedade de um homem sobre outros homens. Mesmo uma sociedade inteira, uma nação, ou mesmo todas as sociedades existentes num dado momento, em conjunto, não são donos da Terra. São simplesmente os seus possuidores, os seus beneficiários, e têm a legar, num estado melhorado, para as gerações seguintes, como boni patri famílias (bons pais de família)"(Karl Marx, O Capital) John Bellamy Foster, autor de um dos livros mais importantes para os ecossocialistas (A Ecologia de Marx, materialismo e natureza, Civilização Brasileira), em artigo recente, intitulado A Ecologia da Destruição, nos chama a atenção para o fato de que "é uma característica da nossa época que a devastação global pareça sobrepor-se a todos os outros problemas, ameaçando a sobrevivência da terra como a conhecemos". A grande repercussão do quarto relatório do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, da ONU, em sua sigla em inglês) - em que milhares de cientistas de praticamente todo o planeta, não só constataram a relação direta entre fenômenos climáticos intensos decorrentes do aquecimento global com a emissão dos chamados gases de efeito estufa (gee) pelas atividades industriais, energéticas e agrícolas, mas também apontaram projeções catastróficas para este século, caso não haja uma drástica mudança na matriz energética e no padrão de consumo - deu foros de cientificidade ao documentário A Verdade Inconveniente, do ex-vice-presidente estadunidense Al Gore, que recebeu o Oscar deste ano e também, juntamente com o próprio IPCC, o prêmio Nobel da Paz. Portanto, com exceção da minoria dos chamados "céticos", dentre os quais se encontram cientistas sérios, como o brasileiro Aziz Ab´Saber, e organizações bancadas pelo Governo Bush e pelas grandes indústrias de petróleo e carvão mineral no mundo, há uma ampla maioria - amplíssima, diria - de gente da comunidade científica (e aqui se perfilam brasileiros da maior respeitabilidade, como José Goldenberg, Carlos Nobre e Luis Pinguelli Rosa), dos movimentos ambientalistas, de governos e até de setores empresariais que, a partir dos dados do IPCC, procuram encontrar saídas para a crise planetária, manifestada hoje pelo aquecimento global que ameaça a vida na Terra. Abra-se aqui parêntesis para aduzir que a aposta que os céticos - em sua versão séria, não comprometida com os interesses do capital petroleiro e mineral - é uma aposta perdida, em suas duas possibilidades. Se eles estiverem errados (quando afirmam que o fenômeno do superaquecimento é natural e que as previsões do IPCC estão equivocadas), podem, de forma involuntária, estarem contribuindo com o lobby das grandes corporações petrolíferas e mineiras, impedindo a mudança do padrão energético para as fontes renováveis e serem co-responsáveis pela catástrofe que se prenuncia. Por outro lado, se estiverem certos (o que não é muito provável, dado o amplo consenso científico alcançado depois de quase vinte anos de IPCC), estão atrasando a nossa evolução para a despoluição e descarbonização do planeta. Ou seja, ainda que, numa hipótese quase absurda, não esteja ocorrendo o aquecimento provocado pelas atividades humanas, o alerta do IPCC, no mínimo, questiona o modo de produção e o modo de vida humana no planeta e nos induz a mudanças profundas e necessárias. Voltando ao tema, vou me permitir não mais ter que detalhar, mas apenas listar, em parte, o extenso e impactante elenco de fenômenos climáticos e de suas resultantes sobre a vida no planeta, já amplamente divulgada pela grande imprensa, como o acréscimo da temperatura média da terra, o derretimento das geleiras e calotas polares, a desaparição de espécies, a subida do nível do mar, a desertificação e seus profundos impactos sobre a humanidade, que poderá conviver - aliás, já está convivendo - com os chamados "refugiados ambientais". Se voltarmos ao nosso país - que é o quarto maior emissor de GEE, em face das queimadas e desmatamentos de nossas florestas - o que se prenuncia é gravíssimo. Se em todo o planeta, no próximo século, ultrapassarmos a linha perigosa de acréscimo de 2 graus Celsius na temperatura média da terra, metade de nossa Floresta Amazônica (a mais importante cobertura vegetal tropical do planeta) se transformará em savana, causando profundos impactos não só na própria temperatura da terra, como no regime de chuvas em todo o hemisfério sul. Para o nosso Nordeste, as previsões não são menos sombrias. O nosso semi-árido, que, mais uma vez, convive com uma estiagem prolongada, se transformaria em região árida, num quase deserto, sem água e sem produção agrícola. Estaríamos diante do apocalipse? Paulo Artaxo, um dos cientistas brasileiros do IPCC, tenta nos tranqüilizar: "O aquecimento global não é o fim do mundo, de jeito nenhum", mas adverte: "Um dos pontos cruciais do relatório do IPCC é a urgência da diminuição da emissão dos gases do efeito estufa. Se não fizermos isso, a temperatura vai subir de forma a trazer danos para os ecossistemas e zonas costeiras em precedentes na história da humanidade". Para ele - e o IPCC - esse corte deveria ser em torno de 50 a 70 por cento. (Caros Amigos, edição especial: "Aquecimento Global, a busca de soluções"). Ora, a necessidade imperiosa da redução na emissão de GEE na escala de 50% a 70% torna o Protocolo de Kyoto (que, todos sabemos, não foi assinado nem pelos Estados Unidos, primeiro ou segundo maior emissor de CO2, nem pela Austrália, uma das maiores exploradoras de carvão mineral) absolutamente obsoleto e inócuo. Recorde-se, Kyoto propõe, apenas para os países em desenvolvimento (principais responsáveis pelo aquecimento), o corte de somente 5% (nos níveis de 1990) para até 2012. O Brasil, a Índia e a China, dentre outros, não são obrigados a cumprir metas de redução. Todo esse debate não se refere, por óbvio, apenas a números. Aqui se trata, em primeiro lugar, da tentativa de se compatibilizar a urgência urgentíssima na diminuição drástica de emissão de CO2 e outros GEE para a atmosfera, com o direito e a necessidade de países pobres se desenvolverem e atenderem os direitos e necessidades de sua população. Como atender tais necessidades sem tocar no padrão de vida e consumo das classes médias e altas tanto no Hemisfério Norte (onde são majoritárias) como no Hemisfério Sul (onde são minoritárias)? (Recorde-se que já gastamos 25% a mais do capital natural da terra e que seria preciso que tivéssemos pelo menos quatro planetas terra para que todos alcançassem o nível de vida do chamado "american way of life".) Essa nova "utopia" (sustentabilidade ambiental, igualdade social e desenvolvimento econômico em escala planetária) seria possível na atual configuração geopolítica mundial onde o poder destrutivo da indústria armamentista, petrolífera e minerária se materializa no Governo como de Bush, senhor das guerras no mundo? É possível superar a atual crise nos marcos do sistema capitalista? Nas palavras, mais uma vez, de Foster: "Como é que isto se relaciona com as causas sociais e que soluções sociais podem ser oferecidas em resposta tornaram-se as questões mais urgentes com que a humanidade se defronta". Esse debate se situa no campo da chamada "Ecologia Política", que, na compreensão de Joan Martinez Alier, estuda "os conflitos ecológicos distributivos - isto é, os conflitos pelos recursos ou serviços ambientais, comercializados ou não". Para ele, a ecologia política é "um novo campo nascido a partir dos estudos de caso locais pela geografia e antropologia rural, hoje estendidos aos níveis nacional e internacional" ("O Ecologismo dos Pobres", Editora Contexto). É a ecologia política, juntamente com a economia ecológica, quem pode nos desvendar as causas da crise e apontar as soluções reclamadas por Foster acima. Carlos Walter Porto-Gonçalves, um dos mais atilados ecologistas políticos da atualidade nos situa, de forma ainda mais precisa, na atual crise planetária, quando afirma que "o desafio ambiental se coloca no centro do debate geopolítico contemporâneo enquanto questão territorial, na medida em que põe em questão a própria relação da sociedade com a natureza, ou melhor, a relação da humanidade, na sua diversidade, com o planeta, nas suas diferentes qualidades" (O Desafio Ambiental, Editora Record). Para ele, há contradições profundas entre a economia capitalista e a dinâmica ambiental. A separação - "a mais radical possível", em suas palavras entre homens e mulheres, de um lado, e a natureza, de outro; a apropriação privada dos recursos ambientais, em que tudo é transformado em mercadoria; o "princípio da escassez", pelo qual um "bem só tem valor econômico se é escasso" são absolutamente contraditórios com a visão ecológico-ambientalista de riqueza natural. Vejamos, em suas próprias palavras: "Os economistas modernos vão fundar a economia no conceito de escassez, que, paradoxalmente, é o contrário da riqueza. Tanto é assim que os bens abundantes - idéia central da riqueza - não são considerados como bens econômicos e, sim, como naturais (...) Somente à medida que a água e o ar se tornam escassos - com a poluição, por exemplo - é que a economia passa a se interessar em incorporá-los como bens no sentido econômico moderno, isto é, mercantil". Essa distinção entre riqueza natural - objetivo maior de todos os movimentos ecológicos - e riqueza material - que advém da escassez e, para deleite do sistema mercantil, transforma os bens ambientais em mercadoria - também é tratada por Foster, em outro belo texto, chamado "Revolução Ecológica", onde se vale do filósofo grego Epicuro, que declarava: "A riqueza natural é simultaneamente limitada e facilmente obtenível; as riquezas de fantasias ociosas continuam para sempre" ou ainda "Quando medido pelo propósito natural da vida, a pobreza é grande riqueza, riqueza ilimitada é grande pobreza". Portanto, para Foster, "o livre desenvolvimento humano, surgindo num clima de limitação e sustentabilidade naturais, é a verdadeira base da riqueza, de uma riqueza para a existência multilateral; a busca sem limites de riqueza é a fonte primária do empobrecimento e sofrimento humanos. É desnecessário dizer que tal preocupação com o bem-estar natural, em oposição a necessidades e estímulos artificiais, é a antítese da sociedade capitalista e a pre-condição de uma comunidade humana sustentável". Assim, é plenamente justificável que se afirme que, sob o capitalismo, não há possibilidade de superação da atual crise planetária, o que nos permitiria atualizar, como quer Michel Löwy, outro grande expoente atual do ecossocialismo, a consigna de Rosa Luxemburgo para "Ecossocialismo ou Barbárie". Ora, afirmar isto - a contradição fundamental entre o sistema capitalista e uma nova forma de organização sócio-político-econômica fundada na sustentabilidade e justiça ambiental, na igualdade social e, também, por óbvio, na democracia política em suas formas mais avançadas de participação popular - por si só, não é suficiente para os ecossocialistas. Nas palavras de Löwy: "É preciso começar a construir esse futuro desde já. É necessário participar de todas as lutas, inclusive das mais modestas; como, por exemplo, a de uma comunidade que se defende contra uma empresa poluidora; ou a defesa de uma parte da natureza que esteja ameaçada por um projeto comercial destrutivo. É importante ir construindo a relação entre as lutas sociais e as ambientais, pois elas tendem a concordar, unidas ao redor de objetivos comuns" (Ecologia e Socialismo). É esse campo - os das lutas sócio-ambientais - que reclama a presença dos ecossocialistas. Aqui, poderíamos listar as lutas das comunidades costeiras contra o turismo predatório e a criação de camarões em cativeiros; a resistência dos atingidos por barragens contra os grande projetos hidrelétricos; o movimento que reúne agroecologistas, sem terra, defensores de consumidores e ambientalistas contra a adoção de sementes transgênicas; a luta de populações locais contra a ampliação das usinas nucleares; a resistência de índios e pequenos agricultores no embate contra a transposição das águas do Rio São Francisco; a articulação dos povos da floresta - índios, quilombolas, seringueiros e ribeirinhos - contra ao avanço do agronegócio do gado e da soja na Amazônia Brasileira etc. Aqui, estamos diante do que Martinez Alier denomina de "ecologismo dos pobres" ou "ecologismo popular", que, nas palavras do autor, tem como eixo fundamental o interesse pelo meio ambiente como "fonte de condição para a subsistência" e como fundamento ético "a demanda por justiça social (e ambiental, acrescentaria) contemporânea entre os humanos". Essa corrente do movimento ambientalista, por lutar "contra os impactos ambientais que ameaçam os pobres, que constituem a ampla maioria da população em muitos países" tem uma presença muito forte nos países do Hemisfério Sul (no antigamente denominado terceiro mundo). As lutas com tais características - socioambientais, ecologismo popular - têm uma importância fundamental, não só para os ecossocialistas, mas para o próprio futuro do planeta. Ali, há uma resistência que, partindo da luta concreta por direitos humanos básicos de moradia, cultura, de modo de vida e de produção, e, também, ao ambiente saudável, questiona os fundamentos não só do atual modelo econômico, mas, em última análise, investe contra as bases do próprio modo de apropriação privada do sistema capitalista, responsável pelo atual estágio de degradação do ambiente planetário. Nessas comunidades, se contrapõem não só interesses materiais, mas formas de vida e produção antagônicas. Portanto, neste momento (mesmo que de forma não articulada) podem se estar forjando não só as alianças sociais fundamentais para esse processo de transformação urgente e necessário: a Revolução Ecológica, mas, também, as bases sócio-econômico-ecológico-cultural-ético-políticas de uma nova sociedade que possa superar a atual crise ambiental global para ser, a um só tempo, ecologicamente sustentável, socialmente justa e igualitária, cultural e etnicamente diversa e política e radicalmente democrática: a sociedade ecossocialista. Estaremos à altura desse imenso desafio?
João Alfredo Telles Melo é advogado, professor de Direito Ambiental e consultor do Greenpeace
http://www.opovo.com.br/opovo/cienciaesaude/743570.html
crime contra a natureza
Rocélia Santosda Redação
Novo incêndio ameaça a Floresta Nacional do Araripe. Desta vez, o fogo iniciou-se no centro da reserva. Oito focos de incêndio, em diferentes pontos da floresta, foram registrados no local, o que levanta a suspeita de ação criminosa
13/11/2007 00:36
Mais um incêndio devasta a região da Chapada do Araripe. Desta vez, o fogo atingiu a Floresta Nacional do Araripe (Flona), área de preservação ambiental. Bombeiros trabalham no local, desde o último domingo, no intuito de controlar o fogo que já consumiu mais de 50 hectares de mata nativa. Suspeita-se que seja um incêndio criminoso, provocado por fazendeiros da região. Segundo o gerente e instrutor do Prevfogo no Cariri, Vicente Alves Moreira, a queimada começou por volta das 13 horas de domingo, na região entre os municípios de Barbalha e Jardim. Eram oito focos de incêndio, um próximo ao outro. "O fogo, desta vez, é no platô da serra, no centro da floresta. Com certeza, pelas características do incêndio, trata-se de uma ação criminosa, intencional. Suspeitamos que várias pessoas atearam fogo em vários locais ao mesmo tempo. Da torre, percebemos uma linha de fogo, de oito a 10 quilômetros em vários pontos", relatou. Desde domingo, mais de 50 pessoas, entre brigadistas, bombeiros e voluntários, tentam apagar o fogo. Conforme Vicente, as suspeitas recaem sobre os produtores de gado da região, pois, segundo ele, nesta época do ano é comum fazer queimada para preparar a terra. "Com a escassez de pastagem, eles colocam o gado na unidade, o que é proibido por lei. Como o capim agreste fica sem nutrientes nesta época do ano, não sendo aproveitado pelo gado, eles tocam fogo para que o capim rebrote. Mas isso é uma das hipóteses. Só podemos comprovar após a perícia", afirmou Moreira. Vicente explicou que a alta temperatura e a baixa umidade na região contribuem para que o fogo se alastre com rapidez, impedindo um trabalho mais efetivo da brigada de incêndio. Quem sofre com as queimadas são moradores próximos aos focos. "Não conseguimos viver tranqüilamente, pois temos medo que o fogo atinja nossas casas. Eu até gostaria de ajudar a combater o fogo, mas não tenho mais forças para isso", comentou o agricultor Antônio Pereira da Silva, 80 anos, morador da localidade de Sítio Santa Rita, em Barbalha, onde um dos focos de incêndio foi registrado. (Colaborou Amaury Alencar) E-mais Conforme o Prevfogo, este é o maior incêndio registrado, este ano, na área da Floresta Nacional do Araripe (Flona). Segundo Vicente Moreira, em 2007, outros cinco incêndios ocorreram no local, destruindo mais de 80 hectares da mata nativa da Flona, sendo três na encosta e dois no Platô (no alto da Chapada). O último havia sido registrado entre os dias sete e dez deste mês, o fogo destruiu mais de 20 hectares da mata nativa no entorno da Chapada do Araripe, nas proximidades da Escola Agrotécnica Federal de Crato. Entre os dias 28 e 30 de outubro, outro incêndio atingiu o chamado "paredão" da Floresta (entorno), chegando a queimar 18 hectares de mata nativa. Ainda no mês de outubro, outra queimada devastou quatro hectares da Flona, num local próximo ao Clube Granjeiro, no Crato. No platô, o último registro de fogo, segundo Vicente, foi em agosto. A Flona do Araripe foi criada em 1946 sendo, pois, oficialmente, a primeira floresta nacional. A Flona ocupa uma área de 38.263 ha, situada ao norte do setor oriental da Chapada do Araripe e compreende parte dos municípios do Crato, Barbalha, Santana do Cariri e Jardim, todos no Ceará.
http://www.opovo.com.br/opovo/ceara/744558.html
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
VEJA A RIQUEZA DA LAMA
Riqueza na lama
Coletores do molusco nos manguezais de Cananéia, no litoral paulista, se unem em cooperativa e aumentam renda com a depuração e a venda sem intermediários
Por Verena Glass/Fotos Ernesto de Souza
Zenildo Mateus aproveita a vazante para colher as ostras escondidas na lama
Conhecidos como Mar de Dentro, os escuros canais de água salobra que se estendem a perder de vista por entre as ilhas de Cananéia, Comprida e do Cardoso, no litoral sul paulista, são o resultado do encontro das águas salgadas do mar com os riachos que brotam no coração da Mata Atlântica, que ainda domina grande parte dessa região. Acompanhando o ritmo das marés, esses canais banham as enormes raízes, salientes como palafitas, de pequenas árvores retorcidas que crescem às suas margens e que são parte de um dos mais belos e ricos ecossistemas do país: os manguezais que se desenvolvem no litoral brasileiro, e que, no caso da região de Cananéia, ocorrem numa faixa entre a mata e parte da costa das três ilhas.
No decorrer dos séculos, o acúmulo de massa orgânica proveniente das florestas e do próprio manguezal formou uma lama preta e fecunda que se depositou no fundo dos canais e em suas margens, servindo de substrato para o desenvolvimento do mangue e de uma vasta fauna de crustáceos e moluscos. São nesses manguezais, mais especificamente nas raízes das árvores, que se fixam as cobiçadas ostras brasileiras (Crassostrea brasiliana), moluscos muito apreciados nos bares e restaurantes do litoral e da capital.É cedo. Os primeiros raios do sol banham as ilhas de cores alaranjadas e douradas, ressaltando a beleza da paisagem.
Embarcando em pequenas canoas, famílias inteiras de comunidades locais se preparam para mais um dia de trabalho na extração das ostras. Com a maré vazante, as raízes do mangue ficam expostas, e é nesse período que a coleta dos moluscos se torna possível. Afundados até as canelas na lama, os catadores de ostras caminham com dificuldade pelo manguezal, as costas curvas e o olhar treinado detectando os moluscos, que são retirados das raízes do mangue com pequenas foices.
Quem tem o que levar carrega marmita. Quem não tem come somente quando a cheia da maré levar os canais a invadir completamente o mangue e impossibilitar a continuidade do trabalho. Depois das primeiras horas da manhã, o sol já não é dourado e suave; é ardido. Mas pior que sol forte, fome e dor nas costas é o ataque impiedoso dos borrachudos, do "polvinha" e das mutucas, cujas picadas doloridas podem levar ao desespero. E, depois de tudo isso, vem a amarga recompensa de cerca de 80 centavos a dúzia da ostra, paga pelos atravessadores que posteriormente revendem essa mesma dúzia em São Paulo e na Baixada Santista por valores que variam de 7 a 12 reais. A baixa remuneração e o aumento do custo de vida têm levado os extratores de Cananéia a redobrar seus esforços, um coletor chegando a retirar até 1.000 dúzias de ostra do mangue por semana. "Não sei se a ostra está acabando. Só sei que tinha muito mais quando comecei a catar, 20 anos atrás", diz, pensativo, o extrator Antônio Mateus, da comunidade de Itapitangui. Como ele, existem hoje cerca de 120 coletores de ostra, pertencentes a 20 das comunidades mais antigas da região de Cananéia, que sobrevivem exclusivamente dessa atividade.
Em si, a extração não é proibida, mas poucos revendedores se preocupam com as condições de sanidade do produto que chega à mesa do consumidor; ou seja, em sua maioria, as vendas são clandestinas. Esse fator, aliado à preocupação com o impacto ambiental do extrativismo e com a exploração econômica sofrida pelas comunidades, levou um grupo de técnicos da Fundação Florestal (da Secretaria Estadual do Meio Ambiente) e do Instituto de Pesca (da Secretaria Estadual da Agricultura), ligados à organização não-governamental Gaia Ambiental, a iniciar um trabalho de organização das comunidades de coletores, com o objetivo de criar um projeto de exploração, beneficiamento e distribuição da ostra.Em 1994, o oceanógrafo Marcos Campolim, então técnico da Fundação Florestal e hoje na direção do Parque Estadual da Ilha do Cardoso, começou a fazer um levantamento das comunidades extratoras, visitando uma a uma para expor um projeto que, de início, previa apenas um trabalho organizado de engorda dos moluscos. Nos anos seguintes, a proposta evoluiu para a formação de uma cooperativa, cujos membros participariam da construção de uma estação depuradora, fariam a engorda e se disporiam a seguir certas normas no processo de extração.
Segundo a legislação, só é permitida a coleta de moluscos maiores de 5 e menores de 10 centímetros, e entre novembro e fevereiro, período de pico da reprodução, a extração é proibida. Hoje, a Cooperostra - Cooperativa dos Produtores de Ostras de Cananéia congrega, efetivamente, 43 associados de dez comunidades tradicionais; está com a depuradora pronta e já iniciou a busca de mercado, o que deve elevar significativamente o rendimento dos cooperados com a eliminação dos atravessadores.
Criação suspensaAnimais menores engordam sobre estacas
Os moluscos se desenvolvem nas raízes do mangue
O trabalho de convencimento dos catadores de ostras para a formação da cooperativa foi demorado. "Quando Campolim chegou aqui pela primeira vez, eu fiquei muito desconfiado. Na época, a gente estava sofrendo pressão muito grande de um grupo de grileiros que tentavam tomar as nossas terras, e quem podia garantir que aquele moço não estava enganando a gente?", conta Armando Pereira Davi, que mora na comunidade isolada do Retiro, cerca de 40 minutos de voadeira de Cananéia e onde só se chega de barco, e apenas no período de cheia do manguezal, quando a subida das águas torna navegável o pequeno rio que serve de acesso ao local. Criada há cerca de 300 anos, Retiro congrega hoje dez famílias, das quais quatro são associadas à Cooperostra. A casa onde seu Davi vive com a esposa, dona Dirce, e os quatro filhos, fica em um terreno que vem passando de pai para filho há mais de um século, mas até hoje ele não tem a escritura da área. Sozinha no meio de uma grande clareira, a casa parece perdida no meio do mato, já que no Retiro as famílias vivem isoladas umas das outras, o que realmente não facilita um trabalho conjunto, explica dona Dirce.
"Aqui só tem uma escolinha até a quarta série, não tem atendimento de saúde, plantar é difícil porque não tem como vender... Mas a gente não quer outra vida", diz ela, que se orgulha da família unida que a cerca. "Meus filhos não quiseram ir para Cananéia para estudar, e eu achei bom, porque lá tem muita droga. A vida deles vai ser aqui mesmo, e é com o pai que eles vão aprender as coisas da vida."
Cangaceiros do mangue
Centenas de caranguejeiros moram em favelas no litoral e trabalham em áreas cada vez mais reduzidas
Há outros vilões. As usinas de açúcar, maior atividade econômica do litoral de Alagoas e Pernambuco, somente nos últimos cinco anos vêm implantando sistemas de controle de rejeitos poluentes. "Mas continuam desmatando as margens dos rios, atingindo os manguezais", diz Acioli. A especulação imobiliária e a expansão das cidades também preocupam. Em Tamandaré, no litoral-sul de Pernambuco, lavradores do Assentamento Coqueiral/Brejo, do Movimento dos Sem Terra (MST), na beira de manguezais, exploram os caranguejos para complementar a renda. Mas a captura é predatória, admite o presidente do assentamento, Severino Nazareno, 45 anos: "Para tornar a pesca mais fácil e rápida, há pessoas que jogam no rio veneno contra carrapatos usados no gado, fazendo os camarões pularem fora d'água".
Na localidade de Barra de Serinhaém (PE), formam-se favelas nas portas dos manguezais, agrupando grandes contingentes de pessoas que não encontram emprego e buscam o sustento na natureza. São centenas de catadores trabalhando numa área cada vez mais reduzida, ganhando no máximo o equivalente a um salário mínimo mensal. "A fartura acontece no período de reprodução, quando os caranguejos saem das tocas e vagam desnorteados nos mangues atrás das fêmeas", afirma o catador José Hamilton do Nascimento, 42 anos. Ele denuncia: "muitos só pegam fêmeas ovadas, preferidas pelos bares".
Devido a abusos deste tipo, pesquisadores do Ibama propõem a adoção de medidas para tornar sustentável a captura do caranguejo, responsável pela renda de milhares de famílias. Uma das estratégias será tornar mais rígido o controle do comércio do crustáceo, evitando situações como a do restaurante cearense Chico do Caranguejo, um dos mais famosos da Praia do Futuro, em Fortaleza. O estabelecimento compra os caranguejos em Parnaíba, no Piauí, onde a iguaria existe em grande quantidade. Durante os 450 km de viagem, segundo informações do Ibama, 40% dos caranguejos não resistem e morrem. Mesmo com essa perda, o animal - comprado dos caranguejeiros por R$ 0,25 a unidade e revendido a R$ 3 no restaurante - continua gerando bons lucros.Berçários de riquezasO Brasil tem a segunda maior área de mangue mundo, com mais de 1 milhão de hectares, situada ao longo de toda a faixa litorânea, da Foz do Rio Oiapoque, no Amapá, à foz do Rio Araranguá, em Santa Catarina . Oitenta por cento desses mangues estão no Nordeste. São ecossistemas que ficam nas zonas de estuários, áreas de transição entre os ambientes marinho e terrestre habitadas por espécies vegetais resistentes à salinidade. As árvores, no total de sete espécies, podem atingir 20 metros de altura. Formam um ecossistema rico em biodiversidade, como bromélias, orquídeas e grande número de algas microscópicas, que estão na base da cadeia alimentar de peixes, crustáceos e moluscos, a maior parte de valor comercial. Em um centímetro quadrado demanguezal podem existir 200 mil microalgas. Apesar de serem protegidos por lei desde 1983, os manguezais brasileiros diminuíram 46,4% nos últimos 14 anos, segundo a Universidade FederalRural de Pernambuco.
AUDIENÇIA PUBLICA
diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=479880 - 24k
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
Fiscalização do Ibama apreende 40 mil metros de rede caçoeira no Ceará.
Fiscalização do Ibama apreende 40 mil metros de rede caçoeira no Ceará
Segundo o coordenador de fiscalização da pesca da lagosta no Ceará, Rolfran Ribeiro, os barcos flagrados pescando com equipamento proibido têm permissão do Governo Federal para pescar. “Vamos informar à Capitania dos Portos e à Secretaria de Aqüicultura e Pesca (Seap) sobre as infrações cometidas. Eles devem perder a licença”, adverte.
Além do Naqua, a fiscalização nas águas marinhas da costa cearense tem o reforço da embarcação Monsenhor Diomedes. O barco Tainha, de propriedade da prefeitura de Beberibe, conveniada com o Ibama, também se juntou à equipe para maior apoio ao trabalho. O Macuco, uma lancha rápida e de maior mobilidade, chega à Fortaleza nos próximos dias. A Marinha do Brasil também vai atuar no litoral cearense com seis navios, além de cobrir também o Rio Grande do Norte, Paraíba e Espírito Santo.
O Ceará é o estado que apresenta o maior número de embarcações em atividade em 573 quilômetros de litoral. Rolfran Ribeiro informa que “a batalha contra a pesca ilegal da lagosta continua até o fim do ano”. Foram destinados R$ 2 milhões para a fiscalização do cumprimento das normas da pesca da lagosta no litoral brasileiro. A Polícia Militar dá apoio às ações de fiscalização do Ibama.
Ascom SedeFortaleza (22/10/07) – Equipe de fiscais do Ibama Ceará e Piauí apreendeu, no último sábado, 40 mil metros de rede caçoeira e 50 quilos de lagosta pescadas ilegalmente na Praia de Mundaú, litoral Oeste do Ceará. Os crustáceos e os materiais foram encontrados em dois barcos que estavam a 70 milhas da costa e em cinco jangadas a quatro milhas. A apreensão foi realizada pelo barco Naqua do Ibama que percorre o litoral cearense. A multa aplicada foi de R$ 60 mil.
Segundo o coordenador de fiscalização da pesca da lagosta no Ceará, Rolfran Ribeiro, os barcos flagrados pescando com equipamento proibido têm permissão do Governo Federal para pescar. “Vamos informar à Capitania dos Portos e à Secretaria de Aqüicultura e Pesca (Seap) sobre as infrações cometidas. Eles devem perder a licença”, adverte.
Além do Naqua, a fiscalização nas águas marinhas da costa cearense tem o reforço da embarcação Monsenhor Diomedes. O barco Tainha, de propriedade da prefeitura de Beberibe,conveniada com o Ibama, também se juntou à equipe para maior apoio ao trabalho. O Macuco, uma lancha rápida e de maior mobilidade, chega à Fortaleza nos próximos dias. A Marinha do Brasil também vai atuar no litoral cearense com seis navios, além de cobrir também o Rio Grande do Norte, Paraíba e Espírito Santo.
O Ceará é o estado que apresenta o maior número de embarcações em atividade em 573 quilômetros de litoral. Rolfran Ribeiro informa que “a batalha contra a pesca ilegal da lagosta continua até o fim do ano”. Foram destinados R$ 2 milhões para a fiscalização do cumprimento das normas da pesca da lagosta no litoral brasileiro. A Polícia Militar dá apoio às ações de fiscalização do Ibama.
Ascom Sede
terça-feira, 23 de outubro de 2007
Plano brasileiro de clima sai em 2 anos, diz embaixador
O embaixador Extraordinário do Brasil para Mudanças Climáticas, Sergio Serra, afirmou hoje que o Plano de Ação Nacional de Enfrentamento das Mudanças Climáticas deve ficar pronto dentro de um ano e meio a dois anos. "De uma forma otimista, eu diria que o prazo seria de um ano e meio; realisticamente, em dois anos", disse.
Serra fez o comentário em palestra sobre o tema hoje, promovida pela Câmara Americana de Comércio. Quando questionado por jornalistas sobre a menção desse prazo para o plano, o embaixador foi mais cauteloso: "Talvez no final do ano que vem podemos ter o plano pronto", disse. Em sua palestra, ele comentou para platéia, composta por empresários e advogados, que "o plano não existe ainda, e podemos dizer que estamos atrasados". Ele observou que vários países já possuem esboço de planos sobre o tema, e o México, por exemplo, já tem o seu. "Aqui, embora tenhamos sugestões, a elaboração do plano está no estágio inicial", disse.
Porém, o embaixador comentou que o plano brasileiro já tem algumas questões conceituais definidas. Em primeiro lugar, será um plano nacional, em oposição a um plano federal; também será retirado do plano a palavra enfrentamento, "por razões que escapam ao meu entendimento", afirmou o ministro. Além disso, o embaixador informou ainda que o plano terá quatro eixos estratégicos principais: mitigação de emissão de gases que formam o efeito estufa, formas de adaptação, pesquisa e desenvolvimento, além de divulgação e capacitação das ações no âmbito do plano.
http://diariodonordeste.globo.com/noticia.asp?codigo=194431&modulo=964
A verdade sobre os Lacres de Latinhas
Não são apenas as embalagens de alumínio que convivem com lendas à sua volta. As latinhas de alumínio também possuem seus mitos. Os mais freqüentes dizem respeito ao anel da latinha, ou o lacre.Há boatos de que uma determinada quantidade de anéis de alumínio pode ser trocada por diversos equipamentos como cadeiras de roda ou sessões de hemodiálise, entre outras coisas. Isso não passa de um mito, pois até hoje não houve nenhuma comprovação da campanha, instituição ou movimento em todo o Brasil que promova tal troca.No passado, houve promoções das empresas envasadoras, como a Coca-Cola, que promovia trocas de brindes pelos anéis. Estes anéis tinham o objetivo unicamente de promover a marca, não tendo utilidade para a reciclagem delatas de alumínio.Alguns artistas plásticos, também as utilizam para produzir suas peças.O lacre propriamente dito não tem valor comercial para a reciclagem, somente em conjunto com a lata é que há o valor. Por este motivo, foi inventado o sistema "stay-on-tab", para que o lacre não se solte da lata.Mas nem só de mitos vivem os anéis da latinha de alumínio. É verdade, por exemplo, que eles são recicláveis, no entanto, não podem ser reciclados separadamente das latinhas. Por isso, recicle a lata inteira, não somente oanel.
A verdade sobre os Lacres de Latinhas
www.compam.com.br/artigos.htm
sábado, 13 de outubro de 2007
A carcinicultura é o câncer do Brasil
Duzentas pessoas das comunidades de pescadores e marisqueiras de 15 estados do Brasil fizeram uma manifestação na cidade de Aracati/CE, no dia 22/08, a fim de alertar os problemas socioambientais da carcinicultura (criação de camarão em cativeiro) e fortalecer a luta pela manutenção das atividades tradicionais de subsistência e qualidade ambiental da Zona Costeira.
Esta manifestação ocorreu após as visitas às comunidades do Porto do Céu e Cumbe que sofrem diretamente com a degradação socioambiental promovida pelo crescimento desordenado das fazendas de camarão. A carcinicultura tem acarretado a diminuição da diversidade dos estuários pelo lançamento de efluentes sem tratamento nos recursos hídricos, a redução do ecossistema manguezal através do desmatamento ilegal de áreas de preservação permanente, além de empregar 2 pessoas por hectare em áreas que anteriomente serviam de subsistência para 10 famílias e ainda, em muitos casos, o desrespeito às leis trabalhistas.
Os pescadores e marisqueiras participaram destas ações que fizeram parte do seminário "Manguezal e Vida Comunitária - Impactos Socioambientais da Carcinicultura". O evento foi realizado em Fortaleza nos dias 21 a 24 de agosto com o intuito de mobilizar as comunidades do litoral brasileiro frente à ameaça da indústria do camarão. A formação de uma rede nacional de luta servirá de fortalecimento político dos povos do mar.
Flores do mangue
Por Marcos Pereira
22/09/2007
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
Filhos do Mangue de Aracati na web
Caros amigos,
É com imensa satisfação que apresentamos o Blogger dos Filhos do Mangue de Aracati. Neste espaço, reservado ao diálogo sobre a natureza e suas grandezas, buscaremos relatar nossas atividades educativas e de preservação do rio Jaguaribe que banha o Aracati. Todo mês será possível visualizar nossas intervenções. Participe conosco na construção deste espaço.